Com a chegada de imigrantes no Brasil, durante o colonialismo, houve uma grande fusão de povos, consequentemente, contribuiu para a compactação cultural e uma bagagem histórica social de cada região, inclusive no quesito linguístico , em que há , ainda, grande hostilidade. Assim, tendo em vista que o preconceito linguístico não só instaura a desigualdade , mas também propicia intolerância a variedade linguística, no entanto, avaliar seus efeitos é indispensável. A obra vidas secas, de Graciliano Ramos, aborda a questão linguística regional em relação ao homem e seu meio social, evidenciando a desigualdade. Além disso, atualmente, ainda, há imposição de inferioridade das regiões brasileiras menos abastadas como o Nordeste devido as condições físicas e pouco investimento governamental . Logo , a decadente visão massiva não considera todos os aspectos sociais relevantes, aumentando a desigualdade e a exclusão de toda a bagagem cultural de determinada região. Vale ressaltar uma das constatações do linguista Marcos Magno, no site Stella Bartoni , em que expôs que o conhecimento da gramática normativa tem sido usado como instrumento de distinção e dominação pela população culta, ou seja, a parcela da população que não teve acesso a educação desde a básica até a superior é automaticamente excluída por aqueles que padronizam a linguagem , sem levar em consideração a variedade linguística , e o contexto em que o indivíduo está inserido , descriminando até mesmo o sotaque, elevando a intolerância linguística. Em suma, o preconceito linguístico é precursor de desigualdade e intolerância. Sendo assim, o MEC aliado as escolas de rede pública e privada devem realizar projetos educacionais para crianças desde o ensino fundamental ao médio, por meio de palestras didáticas, culturais e regionais demonstrando a existência da variedade linguística , para que a criança desenvolva o respeito , desde um sotaque diferente do que costuma ouvir até a bagagem cultural do indivíduo.