O preconceito linguístico no Brasil é uma problemática que se faz presente em nosso cotidiano, apesar de não ser muito discutido. Esse preconceito tem como base ridicularizar e oprimir qualquer variação da norma padrão. Se a língua serve para comunicação e se a mesma ocorre com êxito, por que o preconceito? Primeiramente todos somos falantes da língua portuguesa, independente de quaisquer variações, é certo que temos um português padrão, formal, mas isso não se torna motivo para menosprezar uma variante desse linguajar. A língua é caracterizada como dinâmica e sujeita a variações, que são influenciadas por quesitos: regionais, sociais, históricos e econômicos. Cada uma traz uma bagagem sociocultural que deve ser respeitada e devidamente valorizada. Dentro deste conceito se faz presente um exemplo do Ex presidente Luís Inácio Lula Da Silva, que sofreu inúmeras críticas por ser analfabeto e cometer alguns desvios da norma padrão, se tornando evidente esse preconceito. Além disso, esse desvio se dá muitas vezes pela falta de escolaridade- analfabetismo-, pois os falantes da norma padrão são os que tiveram condições de estudar por mais tempo, se tornando evidente outra problemática que é a desigualdade social no Brasil. Diante do exposto, com o apoio dos órgãos públicos, deve-se investir em dois pontos: nas escolas, para que todos tenham garantido o seu direito a educação, independentemente de sua classe social, diminuindo assim os índices de analfabetismo e também em campanhas com o intuito de cultivar a tolerância e o respeito e expor para a sociedade que o Brasil está de braços abertos para toda e qualquer variação linguística, pois é isso que nos torna autênticos.