Título da redação:

Mães saudáveis e confiantes

Tema de redação: O parto como questão de saúde pública no Brasil.

Redação enviada em 09/08/2015

O Brasil é um dos países com maior número de cirurgias cesárias. Isso ocorre porque a gestão de saúde pública continua precária, ocasionando riscos à mulher e à criança. Também, a falta de informações faz com que a mãe desconsidere o parto normal por medo. Todos esses fatores contribuem para gastos desnecessários, os quais poderiam ser evitados por meio de investimentos e confiança maternal. A falta de médicos, leitos e medicamentos nos hospitais contribuem para o problema. Como o tempo para realizar a cesária é bem menor e no Brasil o número de emergências obstétricas é considerável, a equipe médica opta pela cirurgia. Mesmo que o correto seja levar em conta o estado da paciente na hora “h”, além da Organização Mundial da Saúde aconselhar que o índice de cesárias deva ser inferior ao parto natural. Porém, o Brasil não respeita isso pelo fato das condições humilhantes da saúde pública. Além do mais, a maioria das mulheres não tem esclarecimento sobre o próprio corpo ou com relação aos tipos de parto. Já em Cuba, por exemplo, as mães de primeira viagem participam intensamente de palestras com obstetras e psicólogos. Lá a preferência é pelo parto normal e por isso os índices de mortalidade materna são muito baixos. Os próprios especialistas não aconselham estimular a hora de ter o bebê, pois isso aumenta os riscos e o tempo de recuperação feminina. Sendo assim, a ausência de acompanhamento psicológico pode prejudicar os resultados finais da gravidez além de trazer gastos exorbitantes para o Estado. Já que são necessárias mais máquinas, anestesias e profissionais para uma cirurgia. Dessa forma, é essencial uma humanização da saúde pública, com condições que priorize a vida da mãe e do bebê durante seu nascimento. É de suma importância o investimento em leitos e ampliação de equipes médicas o suficiente para atender a demanda de partos normais em cada região. Além disso, é necessária a extensão de informações a fim de transmitir mais segurança à mulher, com oferecimento nos hospitais de assistentes sociais, psicólogos e outros especialistas capazes de ajuda-la a tomar a melhor decisão.