O protagonismo da mulher sempre foi notável, como domadora dos problemas da casa, do trabalho, do marido, dos filhos, e por fim, os próprios problemas. Obrigações passaram a ser compartilhadas, e isso inclui a ida da mulher para o mercado de trabalho, com ápice na revolução industrial brasileira a partir de 1930, no governo Vargas. Participar das tarefas extra-domiciliares pode até parecer um ganho para mulheres, na questão de equidade de gênero, mas deve-se levar em consideração todas as outras obrigações e responsabilidades atribuídas à figura feminina, as quais muitos homens se recusam a interferir e participar, e que próprias mulheres creem não pertencer ao “universo masculino” moldado pelo passar dos tempos. A divisão de tarefas de casa, por exemplo, é um ganho imenso no que se refere à desconstrução de conceitos de obrigações domiciliares. Cabe ao homem encontrar seu lugar, e garantir estabilidade e conforto à sua mulher, visando equilíbrio entre ambos. Simples tarefas como lavar a louça, tirar a mesa do jantar, e estender as roupas no varal, ferem a masculinidade da maioria dos companheiros, com pensamentos machistas e conservadores. Ao tratarmos de equidade do ambiente de trabalho, entram em pauta o assédio sexual sofrido diariamente pela maioria das mulheres, alta discrepância de remuneração se tratando de mesmos cargos, porém presididos por homens, e também, falta da atuação de mulheres em cargos importantes dentro de uma corporação, mesmo sabendo que há mais mulheres do que homens no Brasil, e no mundo. Esses fatos são justificados por patrões, ao dizerem que mulheres não são favoráveis a assumir altos cargos por terem muitos compromissos além do trabalho, comprometendo o bom desempenho, e por mais absurdo que seja, devido à obrigatoriedade da licença-maternidade. Se o homem assumisse o papel necessário para manter tal igualdade de obrigações, muitos problemas se resolveriam. É difícil para o próprio homem lidar com a situação, quando a sociedade em massa, e toda a mídia, insistem em determinar cargos definidos para cada sexo, enfraquecendo a igualdade de gêneros tão cobiçada por sociólogos, feministas e pertencentes a inúmeros movimentos sociais.