Título da redação:

Cuidando da saúde da gestante

Tema de redação: O parto como questão de saúde pública no Brasil.

Redação enviada em 07/08/2015

No final do século XX, com a criação do Sistema Único de Saúde (sus), uma das metas estabelecidas foi a saúde da mulher, devido a sua capacidade de gerar vidas e possíveis complicações durante o parto. A nova resolução do Núcleo de Desenvolvimento Social (NDS) visa oferecer o parto cesáreo apenas com indicações e relatórios médicos, o que vai ocasionar um impacto muito grande para a saúde da população feminina, já que a maioria das mulheres grávidas não realizam o acompanhamento médico. O número de partos cesáreos recomendados pela organização mundial de saúde é de no máximo 15% por país. No Brasil, apenas o sus realiza cerca de 50%. Os médicos preferem realizar esse procedimento cirúrgico porque gastam menos tempo do que no parto normal. Além do que, alegam ser mais seguro para as mulheres, já que o parto cesáreo é agendado, e é mais vantajoso do que o parto normal nesse aspecto, uma vez que nesses as mulheres chegam a hospitais e não encontram anestesia geral ou macas, tendo que se deslocar para muitos hospitais, o que ocasiona estresse e dificuldades no parto. Outro problema enfrentado pela saúde pública no Brasil em relação aos partos, tem sido o fato de que a maioria das mulheres não realizam o pré-natal. Além de garantir uma gravidez mais saudável para a mulher e seu bebê, o pré-natal orienta práticas que garantem a melhor formação do feto e evitam abortos espontâneos. A mulher que se nega a realizar esse acompanhamento, coloca em risco sua vida e a vida do bebê. Embora o parto cesáreo apresente muitas vantagens, o processo de recuperação e de cicatrização da mulher são muito mais demorados e complicados. Além do que, ocasiona maior gastos, considerados desnecessários, dinheiro que poderia ser aplicado em outros processos mais urgentes da saúde pública, como a aquisição de remédios. Dessa forma, é necessário que medidas sejam tomadas para controlar o número de partos cesáreos no país. O Ministério da saúde deve investir em propagandas e congressos que orientem os médicos a optarem sempre a realizar partos normais, devido as vantagens desse para a saúde e recuperação da mulher e do bebê. Além disso, o governo deve estabelecer limites de partos cesáreos realizado pela rede pública, visando o gasto apenas com casos realmente necessários, como são os casos de alta complexidade. Dessa forma seria possível garantir a saúde da gestante, bem como a racionalização de gastos.