Países que veem o parto como questão de saúde pública como, Noruega, Suécia e Holanda possuem um dos mais altos índices de Desenvolvimento Humano (IDH), em que são levados em conta a preocupação e a qualidade dos serviços prestados à população. No Brasil, procedimentos que deveriam ser realizados apenas quando houvesse riscos, são feitos indiscriminadamente. É valido considerar, antes de tudo, que o parto normal melhora a qualidade de vida tanto do bebê, quanto a da mãe. O recém-nascido ao entrar em contato com as paredes vaginais aumenta a resistência à algumas doenças, por causa das bactérias presentes na genitália, e facilita na expulsão de líquidos nos pulmões através da pressão exercida pela genitora. Entretanto, o ''custo benefício" dessa operação se torna a maior barreira para esse método. Cabe apontar, ainda, a não aceitação da concepção natural por parte das brasileiras, e médicos. A cesárea foi inicialmente pensada para mulheres em gestação de risco, porém o medo da dor, a falta de conhecimento da mãe, atrelado ao egocentrismo de alguns médicos, pelo fato de o procedimento cirúrgico ser quatro vezes mais rápido que o natural e não haver compensação salarial, competem para o escanteamento da melhor e mais saudável maneira de conceber - normal. Fica claro, portanto, que os procedimentos cirúrgicos em gestantes devem ser realizados de acordo com a necessidade. Para que isso ocorra o Estado deve investir em programas de conscientização com mães que passaram pela experiência do parto normal e sabem dos benefícios para os seus bebês. As ONGs em parceria com os veículos de mídia seriam os ''cães-de-guarda'' da sociedade, fiscalizando e pressionando entidades, públicas e privadas, que incentivam a realização de cesáreas, a fim de melhorar as condições de saúde pública e a qualidade de vida de seus usuários.