A Organização Mundial da Saúde, em uma pesquisa exibiu índices apontando o Brasil como um dos países que realizam por cesariana mais da metade dos nascimentos, cerca de 53%. Diante deste fato, é notória as queixas de gestantes, na qual o médico vende a naturalização da cesária a frente do parto normal. Em primeiro lugar, a busca por resultados imediatos contribuem para a escolha da cesárea, que detém a duração máxima de até 50 minutos, enquanto a duração do parto normal pode chegar até 12 horas, dependendo da paciente. Esta preferência contrapõe o limite de 15% estabelecido pela OMS. Visando minimizar o quadro, o governo federal criou em 2011 o Rede Cegonha, programa que auxilia os pais desde o pré-natal até o parto humanizado. Aliado ao desejo de resultados instantâneos, a falta de capacitação dos profissionais de saúde coloca em xeque o parto normal, uma vez que o obstetra se sente inseguro para tal prática. Este fato, evidencia que há falhas no sistema de ensino nas faculdades de saúde. Para ilustrar, a presidente do Conselho Federal de Ginecologia e Obstetrícia, revela que os profissionais da saúde precisam de atualizações e de uma equipe multidisciplinar para promover o parto normal ou humanizado. Portanto, a desvalorização do parto normal é a consequência não somente da busca por elucidações imediatas, como também da grade curricular médica incompleta. Para minimizar , em conjunto com o programa Rede Cegonha, o governo por meio do ministro da educação deve rever e reformular a grade curricular das faculdades de saúde e, também ampliar o programa Rede Cegonha buscando parcerias estaduais e municipais. Cabe também a mídia e as Ongs, disseminar informações sobre o assunto em campanhas, telejornais, debates online e mesas redondas. O primeiro como medida de curto e logo prazo e os demais como medidas de longo prazo. Desta forma, naturaliza-se o que é natural.