Para Aristóteles, a mulher é uma versão incompleta do homem e por isso, menos capaz. Porém, aguentar os processos envolvidos para realização de um parto, é uma tarefa que requer e prova capacidade. No Brasil, devido tanto ao medo da paciente quanto o medo imposto pela sociedade, cada vez mais mulheres procuram, e encontram a cesárea como meio mais fácil de dar a luz, meio esse que consiste num procedimento cirúrgico para retirada do feto. Dessa forma, acabam optando por tal ato sem ter real conhecimento das possíveis complicações e até mesmo se realmente era necessário fazê-lo. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a taxa recomendada de cesáreas em um país é de 15%. No entanto, o Brasil já ultrapassa os 50% de partos feitos desse modo. Este fato pode ser explicado devido ao medo das pacientes em relação a mudança da genital e a dor sofrida em um parto normal, além disso, médicos acabam optando pela cesárea, já que, ganham a mesma quantia em um parto normal e pode ser agendado, tornando-se assim, mais prático para ambos os lados. No entanto, prático não significa seguro. A taxa recomendada pela OMS é baixa porquê a cesárea tem a chance de apresentar sérias complicações, tanto na gestante quanto no bebê. Esse meio de parto, pode gerar infecções na mulher e também impedir ela de uma gravidez normal no futuro. Já no feto, as complicações podem ser ainda pior, aumentando as chances de diabetes e obesidade. Sabendo disso, fica claro a necessidade de mudanças na saúde materna brasileira. Para chegarmos a taxa da OMS, é preciso melhorias tanto no sistema de saúde, quanto no pensamento arcaico da mulher. Já que, é comprovado que o parto normal não influência no tamanho da genital e, sobre a dor do parto, é possível a anestesia. Para isso, a mídia deverá informar a mulher sobre os benefícios do parto normal e mostrar que os medos dela são infundados. Porém, o sistema de saúde brasileiro é precário e isso torna a cesárea -por ser mais rápida e agendada- prática. Com isso, fica claro também, a importância de investimentos do governo na parte obstétrica da saúde pública, igualando os pagamentos e aumentando o acompanhamento da gestação. Desse modo, aos poucos, pacientes se sentirão mais confortáveis com o parto normal, e logo, optando por esse.