Título da redação:

A mãe como copartícipe

Proposta: O parto como questão de saúde pública no Brasil.

Redação enviada em 31/03/2016

A mãe como copartícipe A Revolução Médico-Sanitária ocorrida no século XIX, permitiu avanços na saúde do Brasil. Em contrapartida, atualmente, há um retrocesso nesse âmbito, pois o parto se tornou um problema de saúde pública. Por isso, é válida a reflexão sobre as causas e as consequências do dilema. A irresponsabilidade médica leva ao estímulo de cesárias desnecessárias. No discurso do personagem de Charles Chaplin em “O Grande Ditador”, ele ressalta que a cobiça envenenou a alma dos homens. Essa afirmação se associa à situação atual dos obstetras, haja vista o interesse financeiro destes em detrimento do bem-estar do paciente. Isso é notório, pois a cirurgia para a geração de bebês é indicada, apesar de nem sempre ser preciso, por gerar uma maior remuneração. Além disso, leva-se em conta a facilidade do procedimento cirúrgico que é mais rápido e cômodo ao profissional em comparação ao método natural. O crescente número de cesárias resulta em altos custos ao governo. De acordo com a OMS, hoje, há mais partos cirúrgicos do que naturais em países que incluem o Brasil. Porém, esse investimento, por ser prescindível, poderia se voltar à melhoria da infraestrutura dos hospitais, tendo em vista a precariedade destes. Retrata-se essa realidade no documentário “Políticas de Saúde no Brasil”, no qual se reforça uma maior urgência na aplicação de recursos para esse setor. Segundo Abel Salazar, quem apenas sabe medicina, nem medicina sabe. Portanto, fica evidente que é preciso oferecer uma formação mais humanizada aos médicos; para isso, as faculdades devem incluir as matérias de filosofia e de sociologia nos cursos, bem como realizar palestras ministradas por psicólogos que incentivem o princípio da alteridade. Ademais, as ONGs devem informar as gestantes por meio de distribuição de panfletos sobre a relevância do parto normal para que elas não fiquem sujeitas às influências imprudentes. Somente assim, a mãe poderá ser participante ativa na geração da criança.