A Agencia Nacional de Saúde lançou em 2015 uma medida que visa reduzir a quantidade de partos realizados por meio de cesarianas, segundo a Organização Mundial da Saúde a taxa dessas operações em partos não deve passar dos 15%, já no Brasil o índice chega ser superior aos 50%. Assim, é possível afirmar que a medida pode ser considerada benéfica a longo prazo. Inicialmente, é fundamental compreender que a cirurgia do tipo cesariana, tem sua origem há apenas 50 anos. Apesar de ser uma opção para a mulher decidir a forma do parto, não se deve esquecer que o corpo feminino é biologicamente programado para o parto normal. As mulheres que optam em não realizar uma operação cesariana encontram dificuldades decorrentes não apenas da ausência de estrutura hospitalar apropriada para acomodar a paciente durante o trabalho de parto, que envolve várias horas, como também da ausência de informações, uma vez que o principal medo das gestantes, a dor do parto, pode ser evitado por meio de anestesias. Cerca de 70% das gestantes, no início da gravidez, buscavam realizar o parto normal, segundo informações da Fiocruz, entretanto, menos de 50% dos partos brasileiros são por essa via. Claramente a cesariana representa um conforto para a equipe medica e para o hospital, dado que podem agendar a data da cirurgia, por outro lado, a recuperação da operação é pior do que o modelo natural, para a paciente. Reduzir o número de cesarianas é, portanto, uma forma de preservar a mulher. A fim de aumentar a taxa de partos normais, cabe ao governo investir e desenvolver hospitais para receber, com equipes preparadas e especializadas, o público que almeja esse modelo de parto, além de promover o debate nos meios de comunicação e principalmente na sociedade, com a finalidade de promover e informar a população, sobre os detalhes e vantagens do parto normal.