A queda bruta da taxa de fecundidade de 6( na década de 60) para aproximadamente 1,8 filhos por mulher atualmente, evidencia a melhora na qualidade de vida brasileira, entretanto o aumento do número de cesárias é preocupante pois revela deficiências na saúde pública. Em 1985 a OMS (Organização Mundial da Saúde) estabeleceu a taxa de cesáreas recomendada de 15% por país. De acordo com estudos científicos, acima desse nível não há redução nos índices de mortalidade e morbilidade nas mães e neonatos. No brasil este valor chega aos 52 % ( mais que o triplo da meta da OMS) Um dos fatores desta problemática é a preferência dos médicos em realizar cesáreas devido a má remuneração dos partos normais, tanto na rede privada quanto pública, além da dificuldade em encontrar hospitais e anestesistas em casos emergentes, já que o parto natural não pode ser agendado. Ademais, a falta de informação também influência esse número. Uma pesquisa realizada pela Fiocruz mostra que um terço das mulheres optantes por cesariana o fizeram por medo da dor do parto normal que, na realidade, não desponta devido o uso de anestesia. Em virtude dos fatos apresentados verifica-se que é necessário a disseminação de informações autênticas referente à gravidez, que podem ser dadas no pré-natal e por meio do governo em campanhas para melhorar a saúde pública. Outra ação a ser tomada é aumentar o investimento nos hospitais e aumentar o salário dos médicos visando uma melhora efetiva na redução dos partos cesarianos