No documentário "O Mínimo Para Viver",produzido em 2017,o espectador se depara com a impressionante história de uma jovem que trava uma dura batalha,por meio de rígidas dietas, para aceitar seu corpo.Tal como no longa, os regimes extremistas fazem parte da rotina de inúmeros brasileiros que estão na busca da autoaceitação de seu físico.Contudo,a prática constante desses métodos alimentares pode gerar diversos malefícios na saúde de quem os realiza e faz surgir o seguinte questionamento:é possível efetuar dietas sem por a estética em detrimento da vitalidade? Em primeira instância,pode-se dizer que com o avanço das mídias sociais a facilidade em adquirir dietas sem a devida orientação profissional torna-se cada vez mais fácil,já que nessas existem diversos''digital influencers''que transmitem,por fotos e vídeos, sua rotina alimentar estimulando seus seguidores a copiarem sua alimentação.Todavia,realizar dietas sem o acompanhamento de um profissional especializado na área nutricional pode causar incontáveis danos a saúde,como distúrbios alimentares graves.Logo,fica evidente que o aumento no modismo alimentar está ligado diretamente a exacerbada disseminação de formas de hábitos nutricionais errados. Ademais,o padrão de beleza estipulado pelo corpo social é um dos principais motivos dos cidadãos recorrem a regimes da moda,visto que encontram nesses um modo de adquirir o modelo de corpo dito ideal de forma rápida.tal falta de autoestima pode gerar problemas de teor psicológico,posto que segundo dados do Instituto de Psicologia da UFRJ cerca de 37,2% das pessoas que efetuam tais dietas sofrem com doenças desse gênero,como depressão e ansiedade.Assim,fica exposto que há uma trivialização do bem-estar social em função de um parâmetro determinado pela sociedade. Vê-se,portanto,que é de suma importância haver a mitigação do surto de hábitos alimentares modistas.Para isso,cabe ao Estado instituir,por meio de lei federal,a proibição de divulgação de planos alimentares nas redes sociais por pessoas não especializadas no assunto,para que dessa maneira não haja facilidade na propagação de instruções nutricionais errôneas.Somado a isso,a mídia,como principal formadora de opinião,deve,por intermédio de ficções engajadas,promover a discussão sobre a autoaceitação,para que estimule a elevação da autoestima da população e assim minimizar distúrbios relacionados a falta dessa.Desse modo,poder-se-á haver a erradicação do modismo alimentar no Brasil.