Desde as sociedades antigas, como a civilização grega com seus espartanos, até a modernidade, o desejo para com o corpo é recorrente e, portanto, o cuidado estético e a busca pela aparência hercúlea são muitas vezes, motivo para se buscar métodos radicais, ortodoxos e por consequente, perigosos. A alimentação é um dos meios mais afetados diante esta ênfase e de tal forma, muitas pessoas estão embarcando em dietas novas, que acarretam implicações drásticas, sem o conhecimento ou o suporte profissional necessário. Impulsionados pelo bombardeamento da mídia e da internet, muitos brasileiros estão aderindo a modismos alimentícios, estes cortam alimentos de maneira drástica, embasados na premissa de que assim, estarão sendo mais saudáveis e ficarão potencialmente mais magros. O problema é que em nenhum momento, nutricionistas são consultados, testes são feitos ou informações são averiguadas. Hoje, a nova moda é tirar a proteína do glúten e a lactose, e segundo pesquisa realizada pela Nestlé, com mais de 1.500 pessoas ao redor do Brasil, 19% dos entrevistados faz restrição parcial ou total do consumo de glúten, proteína presente em cereais como trigo, centeio e cevada. Desses, 30% cortaram a substância porque querem emagrecer. No entanto, apenas 4% das pessoas que evitam parcial ou integralmente o glúten o fazem pelo fato de terem doença celíaca e por recomendação profissional. De tal maneira, para amenizar a situação de ignorância da população diante essas batalhas alimentares, é necessário que o Governo implemente medidas para conscientizar as pessoas acerca das incoerências dos modismos nutricionais, através de estudos supervisionadas por profissionais e alicerçamento da mídia para distribuir tais informações. Como a Tv é um meio de comunicação que praticamente todo brasileiro têm, ao disponibilizar notícias sobre o assunto periodicamente, será bem mais fácil deixar as pessoas inteiradas sobre a questão. Assim, com a cabeça protegida e com o conhecimento como arma, as dietas sem embasamento, deixarão de serem perigosas para serem inofensivas.