Conforme o filósofo Aristóteles, a felicidade individual é uma consequência do coletivo pleno. Essa ideia pode estar relacionada com o modismo das dietas, desde o instante em que diversos alimentos estão sendo cortados da rotina alimentícia dos brasileiros por serem vistos como vilões da alimentação, o que pode acarretar em graves doenças. Por isso, cabe discutir os impactos de tal problemática e suas implicações na sociedade moderna. Em primeiro plano, vale salientar que as blogueiras, através das suas redes sociais, estimulam seus seguidores a adotarem hábitos alimentares drásticos, com a restrição de glúten e lactose, por exemplo. Assim, motivados pela imagem do corpo perfeito dessas personalidades digitais, muitos acabam adotando essas práticas alimentares, sem ao menos procurar um médico ou nutricionista. Desse modo, esse excesso de restrições pode ocasionar em transtornos alimentares, como a anorexia e a bulimia, os quais estressam o corpo e alteram o metabolismo do indivíduo. Outrossim, dizeres presentes na indústria alimentícia, como "não contém glúten" e "sem lactose", também colaboram para a criação de ideias baseadas em uma errônea imagem prejudicial desses alimentos. Observa-se que, pesquisas realizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mostram que, dos entrevistados, cerca de 30% cortaram o glúten por vontade de emagrecer e, ainda, 8% restringiram a lactose pelo mesmo motivo. Dessa forma, as falsas concepções criadas, o excesso de limitações e a influência das celebridades sociais, deixam o indivíduo cada vez mais inseguro e com medo de comer, tornando a comida sua verdadeira inimiga. Logo, perante o exposto, é evidente que essa banalização das dietas é uma realidade assídua na modernidade brasileira. Sendo assim, torna-se mister que o governo, aliado ao Ministério da Saúde, promova campanhas e projetos nos diversos núcleos sociais, como escolas e comunidades, que mostrem os riscos que as dietas sem acompanhamento podem causar na vida dos indivíduos, além de disponibilizar nutricionistas, nos diversos postos de saúde, para que a população desenvolva hábitos saudáveis, e não restrições excessivas. Essa ação viabilizará um maior conhecimento do corpo social acerca das dietas e suas implicações, e ainda desenvolverá no cidadão uma consciência saudável. Desse modo, a plenitude aristotélica será alcançada.