A era das informações e da tecnologia teve impacto direto na maneira em que o ser humano se alimenta, isso em função das redes sociais e da exposição quase em tempo integral, gerando padrões corpóreos perfeitos e inatingíveis, resultando nas inúmeras dietas inventadas, que têm como objetivo a aproximação de tais padrões. Tais ações e consequências foram previstas séculos atrás pelo sociólogo Émile Durkheim. Para Durkheim, o fato social se manifesta de três maneiras: de forma geral (todas as pessoas sofrem sua influência), externa (é imposto pela sociedade) e coercitivo (o indivíduo é forçado a adaptar-se). Tais regras são seguidas pelos padrões de beleza impostos, ou seja, de certa forma ou de outra, os indivíduos são obrigados a adotarem dietas de modo a se adequarem ao que é considerado belo. No entanto, essas dietas são, na maioria das vezes, ineficazes e nocivas à saúde, segundo a nutricionista Sophie Deram, doutora pela USP-SP, que afirma que tais dietas estressam corpo e cérebro, alterando o metabolismo, levando, em último caso a transtornos alimentares, como a bulimia e a anorexia, exemplificando o fato que a instituição de padrões de belezas em conjunto com a desinformação só trazem malefícios à espécie humana. Logo, o modismo das dietas só pode ser combatido com o conhecimento: o Governo Federal tem o dever de instituir na grade curricular básica do Ensino Fundamental e Médio a disciplina de educação alimentar, para informar e explicar a relação entre alimentação e corpo saudáveis.