A mente humana é um emaranhado de ideais que se remodelam a cada século, desse modo, observa-se que o passar célere das gerações criou determinados modismos na sociedade hodierna. Nesse contexto, torna-se notório que a obsessão por dietas que prometem um emagrecimento imediato traz demasiadas e exorbitantes implicações na saúde física e mental do corpo social canarinho. A priori, nota-se que a influência da antiguidade grega possibilitou a invasão narcisista e a cultura da exaltação superficial do corpo. É indubitável que o avanço da medicina no feitio estético auxilia no tratamento de enfermidades preocupantes, entretanto, a busca contemporânea pelo peso e corpo ideal reflete em um lado sombrio desses meios, contribuindo na formação de um ciclo vicioso entre a dieta, os distúrbios e, por conseguinte, a morte. Logo, a procura obsessiva por cirurgias plásticas, chás, medicamentos e dietas restritivas suscita em uma alarmante preocupação entre os Órgãos Públicos de Saúde. Atrelado a esse ideal, o setor midiático expõe um modelo perfeitamente padronizado que, consequentemente, molda o pensar e o agir do indivíduo contemporâneo. Assim, a exaltação da estética acarreta em um implexo padrão vangloriado de forma ascendente no panorama tupiniquim. Programas de moda que retratam a ideologia do corpo perfeito, cada vez mais frequentes, apresentam um alcance social espantoso, que auxiliam na demanda de novos e inclementes estilos de vida, enobrecendo o terrorismo nutricional - anabólicos, batata doce e óleo de coco- fragilizando o corpo e a mente do hominídeo brasileiro. Torna-se evidente, portanto, que a exaltação e a busca pelo corpo idealizado esteticamente resultam em um enredado obsessivo e doentio, estimulados pela mídia em uma corrente histórica colossal. Diante do exposto, para o êxito e delineamento de tal relação, é mister, previamente, que o Ministério da Saúde e a Mídia realizem um pacto suprapartidário para o desenvolvimento de campanhas de conscientização e de projetos públicos que visem a passagem de bons hábitos, para o bem estar social tendo o intuito de obturar lacunas geradas pela influências de viés midiático. Além disso, o Ministério da Educação deve implantar modelos interdisciplinares em escolas (públicas e privadas) motivando o debate sobre o assunto abordado, acarretando um incentivo ao conhecimento pessoal e intelectual do indivíduo desde o período juvenil. Dessa maneira, manteria o equilíbrio entre o corpo e mente, como dizia o filósofo Platão.