Desde a década de 1980, a sociedade vem sendo desafiada pela supervalorização corporal. Nos dias atuais, por conta do grande foco em come de forma saudável, muitas pessoas passaram a fazer loucuras pelo corpo perfeito. Dessa forma, o desafio, devido à negligência social e à falta de ação governamental, urge por soluções imediatas. Em uma primeira análise, é possível perceber que o modismo das dietas no Brasil é fomentado pela negligência da sociedade, que se omite diante de jovens que modificam sua dieta indiscriminadamente, retirando elementos importantes como a lactose e o glúten. Nesse sentido, um estudo realizado com 1.500 pessoas e publicado pela Revista BIO, divulgou que, em 2017, 19% dos entrevistados restringem o consumo de glúten - sendo 30% por quererem emagrecer - e 28% restringem a lactose - sendo que 79% nunca realizou teste de intolerância à lactose. Dessa forma, a sociedade torna-se vítima de suas contradições. Ademais, a falta de atitude governamental possui estreita relação com a problemática. Isso por que a falta de investimentos em projetos sociais que ajudem a controlar a dieta dos cidadãos, visando uma sociedade saudável, gera uma sensação de abandono. Esse fato culmina em casos que saem do controle e levam o nome de "terrorismo nutricional", segundo a nutricionista franco-brasileira, Sophie Deram. Dessa forma, muitos são os jovens que acabam por fazer dietas restritivas, afetando o cérebro e alterando o metabolismo e o apetite, trazendo transtornos alimentares. Infere-se, portanto, que, para desconstruir esse panorama, é imperativo que o Governo Federal invista em projetos, junto ao Ministério da Saúde, de forma a disseminar a importância de certos elementos à dieta alimentar e as consequências da falta deles. Concomitantemente, é interessante que o Ministério da Saúde ressalte que consultar um médico especializado, antes de intervir na dieta alimentar, é importante, de forma a evitar que jovens desenvolvam transtornos alimentares.