Título da redação:

As dietas altamente "fit" e os danos à saúde

Tema de redação: O modismo das dietas e suas implicações

Redação enviada em 05/12/2018

A busca continua e destemida por um corpo escultural conforme preconizado nos mais variados tipos de mídia, com destaque para as mídias sociais, pode tornar-se uma obsessão resultando em atitudes de risco tanto para a saúde física quanto para a saúde mental. Nesse contexto, as tentativas sequenciais de obter um corpo magro e esguio por meio de dietas milagrosas surgem como as práticas mais arriscadas. As consequências associadas a essas posturas envolvem desde o desenvolvimento de distúrbios alimentares até notórios quadros de alterações psicológicas. Cabe salientar que diariamente as caixas de email e as redes sociais são "bombardeadas" por uma vasta gama de anúncios referentes a novas modalidades de dietas. Essas popularmente denominadas "dietas dos famosos" são veiculadas ao sucesso absoluto frente ao alcance de metas de emagrecimento com mínimo esforço e em um curto período de tempo. Entretanto, os planos de regime alimentar propostos podem ser responsáveis pelo desencadeamento de patologias associadas à subnutrição advindas, ou da eliminação dos alimentos ingeridos - bulimia; ou pela privação da ingesta de alimentos - anorexia. Infelizmente, os indivíduos não diagnosticados e sem tratamento progridem para um quadro de caquexia podendo evoluir para a óbito. Dados da Organização Mundial da Saúde apontam um aumento do número de casos nos últimos anos, tanto na Europa Ocidental quanto na América, especialmente de mulheres jovens bulímicas e anoréxicas adeptas a dietas com significativa restrição alimentar. Além disso, desordens psíquicas, tais como, ansiedade, depressão e síndrome do pânico são muito corriqueiras podendo ser desencadeadas durante a adesão e a realização da dieta ou durante a tentativa de manutenção da mesma ao longo do tempo. Em relação a essa premissa, estatísticas atuais revelam que a grande maioria das pessoas não consegue manter o rígido controle de alimentação recomendado pelos idealizadores de porções em colheres de "sopa, chá e café", além de seleção minuciosa de um cardápio diário. Logo, os nutricionistas e nutrólogos precisam estar inseridos como agentes ativos para a criação de uma política pública voltada à educação para saúde por meio de ampla divulgação quanto aos riscos oriundos de estratégias alimentares altamente restritivas e sem recomendação e monitoramento por um profissional da área. Consequentemente, o questionamento quanto a real validade de uma proposta aparentemente satisfatória, mas que pode ser altamente prejudicial à saúde será melhor discernida pelo público leigo em geral.