No ano de 2014, o Brasil recebeu um dos maiores eventos do planeta: a Copa do Mundo. A sua primeira edição ocorreu no Uruguai, no ano de 1930, e, até hoje, reúne milhares de torcedores de todo o globo terrestre em prol de um dos esportes mais famosos e vistos hodiernamente. Entretanto, o Brasil, em tal período, não possuía recursos suficientes para receber um torneio dessa dimensão, gerando diversos problemas para a sociedade do país. De acordo a Capital Economics, o efeito que a Copa do Mundo surtiu sobre o PIB foi irrisório. Apesar da expectativa do Governo em melhorar a mobilidade urbana, gerar novos empregos, impulsionar a economia e atrair uma maior quantidade de turistas, a promessa ficou apenas na teoria. É possível comprovar tamanho desastre ao caminhar pelas ruas e avenidas de grandes capitais, como Cuiabá, por exemplo, afinal, o VLT – Veículo Leve sobre Trilhos- que estava previsto para ser entregue até o evento, até hoje não foi finalizado. Outrossim, os gastos exacerbados com estádios são o exemplo mais claro de ‘’elefante branco’’. Muitos campos, como o de Manaus e Natal, seguem o mesmo rumo dos construídos durante a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Assim como lá, muitas cidades em que foram sediadas tais arenas, não possuem nenhum histórico significativo na área futebolística, permanecendo abandonados após o torneio ou, então, utilizados para shows, feiras ou qualquer acontecimento sem qualquer ligação com o esporte. Dessa maneira, o capital que poderia ser aplicado em áreas que necessitam de investimentos frequentemente e que são imprescindíveis para o bem-estar da população, como a saúde e a educação, foi destinado, no entanto, a um evento que durou algumas semanas e trouxe uma alegria instantânea, mas um prejuízo devastador. Em suma, a Copa do Mundo, apesar de ter revelado muitos talentos e ter instigado o sentimento nacionalista no povo brasileiro, trouxe muitas desvantagens para a terra tupiniquim. Logo, diante dessa conjuntura, é necessário que o Poder Público, juntamente com os Ministérios dos Transportes e das Cidades, criem medidas para retomar a construção das obras inacabadas. Ademais, os estádios que estão desamparados, sem nenhuma utilidade, devem ser utilizados como meio para realizar projetos de cunho social que tenham como objetivo o incentivo a práticas esportivas em crianças e jovens.