As vias metropolitanas no Brasil são ambientes de tensão e ineficiência, nos quais a violência cresce de forma preocupante. Essa é uma realidade que afeta esferas variadas da vida pública, ocasionando perdas humanas e físicas que atrasam o desenvolvimento da sociedade. Assim sendo, é fundamental buscarem-se formas de superar o problema, para que a educação no trânsito brasileiro se torne exemplar. Primeiramente, é fato que a maioria dos acidentes de trânsito decorre de erros humanos, e é preciso, portanto, imprimir nos condutores um senso de responsabilidade sobre a vida dos outros motoristas. Contudo, o individualismo que impregnou a contemporaneidade aliena muitos nesse sentido. Não obstante, para que a paz social persista, o comprometimento com a manutenção do bem estar alheio também deve ser prezado. Além da prepotência adotada no trânsito por muitos motoristas, que não aceitam ceder qualquer espaço a outro que não eles próprios, há também a questão do transporte público. Visto que este é ineficiente, poucos cidadãos optam por usá-lo quando têm a possibilidade de adquirir um carro particular, contribuindo, dessarte, para o agravamento da mobilidade, que gera estresse em sua lentidão. Vê-se que violência no trânsito é influenciada, mesmo que indiretamente, por esta inadequação, o que pede por investimentos no setor. Com o objetivo de acabar com o impasse da educação no trânsito, deve-se torná-lo menos conturbado através de duas vertentes: transporte público de qualidade e educação preocupada com a moral cidadã. Para conseguir o primeiro, a saída são os investimentos na criação de metrôs, sobretudo nas grandes metrópoles, e na construção de ciclovias que façam parte de um percurso baseado na intermodalidade. Já o segundo, é responsabilidade da família, ao conversar com seus jovens sobre o papel individual na construção de uma sociedade fortalecida e sobre a impossibilidade de qualquer forma de liberdade sem limites, sem leis que sejam respeitadas. Dessa forma, a educação no trânsito não mais será um impasse: será uma realidade.