Título da redação:

Responsabilidade mútua

Tema de redação: O impasse da educação no trânsito no Brasil

Redação enviada em 31/01/2016

A responsabilidade no trânsito envolve uma combinação de fatores capaz de salvar vidas e fazer valer o conceito de cidadania. No entanto, o número de mortes em ruas e rodovias e a exorbitante quantidade de indenizações pagas a vítimas anualmente demostram o quanto falta bom senso em muitos brasileiros. Torna-se um desafio mudar tal problemática, já que as leis são permissivas e a educação é frágil. Logo, não basta seguir as regras de trânsito para a segurança da sociedade. O estado de congestionamento nas grandes cidades exige paciência dos motoristas, assim como mais atenção do pedestre, por causa do maior fluxo de carros. Contudo, a falta de base familiar e educacional dos condutores é a causa mais agravante de mortes todos os anos. Na Inglaterra e na Alemanha, por exemplo, os motoristas param o carro para as pessoas passarem, mesmo fora da faixa de pedestres e se eles forem pegos com o celular no volante, podem ficar até dois anos na cadeia. Já aqui, eles aceleram no sinal amarelo, além de ser muito comum se vê muitos indivíduos digitando nos seus smartphones enquanto dirigem. Além disso, a fragilidade das leis é um bom motivo para que os condutores irresponsáveis não cumpram as normas de trânsito. Centenas de crianças e trabalhadores morrem todos os dias por causa da irresponsabilidade daqueles que vão à direção depois de ter se alcoolizado por horas. Como punição a muitos desses, tem-se somente o pagamento de cestas básicas, as quais não minimizam os prejuízos e a dor das famílias das vítimas. Diferente da legislação da Austrália, que suspende a carteira de quem dirige alcoolizado, a brasileira sequer obriga a utilização do bafômetro. Primeiramente, deve-se reestabelecer valores, ensinando filhos e alunos noções de cidadania. Depois, uma punição mais severa, como multas altas e cadeia para quem mata pessoas nas ruas e estradas, seria uma boa forma de evitar a irresponsabilidade de condutores. Seguir o exemplo de países civilizados, os quais se baseiam no rigor das leis e na educação como aliada da sociedade, bastaria para evitar tragédias desnecessárias todos os dias no Brasil.