A dificuldade da educação no trânsito nasce da incapacidade de alguns indivíduos de pensar não só em si, mas também no próximo. Os jornais constatam que grande parte dos acidentes acontece com motoristas alcoolizados. Para a Constituição brasileira dirigir sob efeito do álcool é considerado, quando há vítimas, crime de homicídio doloso o qual o indivíduo assume o risco de matar. Sendo assim, vale a pergunta: por que arriscar? A resposta está tantos nas brechas ainda existentes na Lei como na intolerância ainda existente entre os motoristas brasileiros. Infelizmente no Brasil, muitos casos são interpretados por juízes como homicídio culposo, quando o réu não assume o risco de causar acidentes fatais, podendo pagar fiança. Nestes casos o incentivo, mesmo que indiretamente, é dado através da impunidade em relação a dupla álcool e volante. É fácil culpar o álcool e/ou outras drogas por acidentes ou práticas intolerantes no dia-dia, mas e quando esses não estão presentes? As desculpas são diversas: não vi que era, estacionamento para deficiente ou de idoso; não ia demorar na faixa de ciclista; só passei com 10km/h há mais; e assim por diante. O cenário de fato é trágico, pois evidencia a dificuldade de alguns infratores de lhe dar com a educação no trânsito tirando do outro o que é de direito, a oportunidade de ir e vir sem transtornos. Infere-se portanto, a necessidade de precauções urges como esclarecer na Constituição a diferença entre homicídio doloso e culposo de modo que não deixe brechas que resultem em impunidade; tornar crimes cometidos sob efeito de álcool e/ou excesso de velocidade inafiançáveis ou dignos de cumprimento de pena fazendo serviços sociais relacionados ao álcool somado a direção; estimular as concessionarias de veículos a adquirirem dispositivos que impeçam através de sensores os condutores dirigirem alcoolizados tornando isto uma condição para que seus veículos possam transitar no país. Quanto as novas gerações é válido que escolas adquiram a disciplina que ensine regras de trânsito e cuidados necessários como as auto escolas fazem.