Uma das maiores metrópoles do mundo, Tóquio, convive todos os dias com uma grande massa populacional e uma alta frota de carros, mas, diferente do Brasil, as mortes no trânsito houve decréscimos. No entanto, a realidade brasileira consiste na má gestão do trânsito, bem como, a falta de educação da sociedade, logo, os índices de violência, acidentes e mortes no trânsito alcançaram números insatisfatórios. Neste país, a questão dos transportes e suas complicações são problemas a partir da Era Vargas. A necessidade de industrialização trouxe a preocupação de apenas investir no sistema rodoviário, favorecendo o aumento da circulação de carros, uma vez que a prioridade deveria ser em transportes de circulação de massa. Os tempos passaram e, na última década, o aumento significativo das vendas do setor automobilístico evidenciou dificuldades na mobilidade urbana, tampouco, problemas como estresse, violência no trânsito e o desrespeito as normas de boa convivência nesse ambiente. Além disso, vale ressaltar que, aparentemente, para muitos a vida está perdendo o seu valor. A correria da modernidade tornou esquecidos os valores essenciais e é justificado pelo chamado “jeitinho brasileiro” de burlar as leis do trânsito. Tantos problemas somados a motoristas mal treinados ou alcoolizados aumenta o número de mortes. Esse último também impulsiona a violência nas estradas, corroboradas pela falta de respeito ao próximo. Os desafios da mobilidade urbana afeta toda a sociedade e põe em perigo a integridade física do cidadão. Todo esse cenário mostra o estado caótico do trânsito nacional e os seus danos. Para tanto, a esfera pública deve intervir com mudanças dessa situação, com projetos que, não só aumente, mas também qualifique os serviços de transporte de utilização da grande maioria, sejam eles, ônibus, metrôs e veículos leves sobre trilhos, dessa forma, teremos os sistemas rodoviário e ferroviário intercalados, para, além de facilitar a locomoção, ajudar na diminuição dos exaustivos engarrafamentos. Cabe também as instituições educacionais ensinar, debater e palestrar de forma teórica e prática o respeito as regras de trânsito, pode transformar o pátio de uma escola numa minicidade e apresentar os riscos em atravessar uma rua fora da faixa de pedestre ou seguir em frente mesmo no sinal vermelho. Assim, as crianças de hoje darão lição de comportamento e civilidade para essa geração tão conflituosa.