Título da redação:

Egoísmo no trânsito: uma faceta humana

Tema de redação: O impasse da educação no trânsito no Brasil

Redação enviada em 04/02/2016

A sensação de que o mundo está evoluindo com o tempo é uma utopia, pois o homem está retornando à Antiguidade na qual a barbaridade e o egoísmo dominavam. As dificuldades que os brasileiros vêm enfrentando diariamente no trânsito são exemplos elucidativos desta degradação na ética da sociedade atual devido aos crescentes problemas gerados nos asfaltos das cidades. A necessidade de suplantar os outros indivíduos é explicada por Arthur Shopenhauer, filósofo alemão do século XIX, que elucidou o egoísmo como uma faceta humana. Nesse sentido, Arthur exprimiu que o homem busca sua conservação instintivamente, sem se importar com a de seu semelhante. Esta característica não só estava presente nos primórdios da vida, como ainda desponta resquícios no cotidiano; os acidentes, as discussões e a violência do trânsito no Brasil a apontam como coeva. Sendo assim, a falta de educação no trânsito está ligada indiretamente com o egocentrismo, o qual promove a banalização da solidariedade e o crescente aumento da desordem nos asfaltos. Assim, a arrogância de algumas pessoas acaba sendo fatal quando inseridas no tráfego urbano devido aos diversos problemas que a mesma pode causar, como: a ingestão de bebidas alcoólicas antes de assumir um veículo, a impaciência em trânsitos intensos, a implantação do egocentrismo na forma de dirigir (como se não houvesse outras pessoas nas ruas), a desconsideração do motorista pelo pedestre e o stress cotidiano. Estes problemas são comuns para os brasileiros, mas não deveriam ser. Segundo pesquisas, o Brasil é o país mais violento do mundo - vencendo até dos países em guerra civil da Ásia - e está entre os que mais matam no trânsito. Além disso, com todos esses impasses no trânsito, o homem fica cada vez mais recluso e longe de um aumento da solidariedade e respeito pelo próximo. Diante disso, é preciso que haja uma intervenção nos problemas ocorridos no trânsito brasileiro. O egoísmo, implícito na forma do homem agir, está relacionado com as desavenças das ruas devido ao fato de conduzir os motoristas e pedestres à individualidade, a qual fomenta discussões e atos irresponsáveis que arrematam, muitas vezes, a morte. A conscientização do homem sobre este egocentrismo é extremamente importante; ela pode ser dada por campanhas sociais e projetos escolares a fim de aumentar a solidariedade entre as pessoas. Ademais, o governo deve impor leis mais severas com relação à violência, para que assim a desordem nos asfaltos seja colocada como prioridade social.