A falta de educação do brasileiro no trânsito é uma realidade flagrante e recorrente. Muito pode ser dito sobre o tema, no entanto, aqui, falaremos apenas, em linhas gerais, das infrações e abusos cometidos nas passarelas. As passarelas são vias, sobretudo suspensas, destinada à circulação de pedestres entre os extremos de uma rua/rodovia movimentada. Sua grande importância reside no fato de permitir que as pessoas atravessem, com segurança, estradas movimentadas sem que para isso seja necessário alterar o fluxo e a velocidade dos carros. Entretanto, no Brasil, de maneira geral, configura-se um grande desconhecimento e falta de respeito no uso das passarelas. Como dito anteriormente, essa vias são destinadas exclusivamente a pedestres (nessa categoria se enquadram ciclistas que caminham com suas bicicletas), ainda assim, são muitos os motociclistas que as utilizam como atalho em suas viagens. Esse ato configura um grande perigo à sociedade. As chances de um pedestre ser atropelado são reais, e o fato de muitas mães acompanhadas de seus filhos pequenos utilizarem as passarelas eleva consideravelmente à frequência e gravidade dos acidentes, em virtude da fragilidade física e da ingenuidade dessas crianças. Além das motos, ciclistas em alta velocidade e até mesmo carros utilizam as vias suspensas. Nesse último caso, além do risco de atropelamento, existe a possibilidade de dano estrutural às passarelas que não foram projetadas para esse fim. A presença de fiscais, aliada a emissão de multas aos infratores são eficientes maneiras do poder público diminuir o uso incorreto das vias de circulação, na medida em que as perspectivas de perda financeira incentivam o cumprimento das regras de trânsito. Não obstante, considerando que uma boa parte da população não conhece as regras do uso da infraestrutura do país, campanhas de conscientização veiculadas em grandes mídias como jornais e emissoras de TV apresentam-se como ótimas ferramentas para informar a sociedade e convencer o cidadão, após um processo de reflexão, a respeitar espontaneamente o uso correto dos aparatos do Estado. Desta maneira, o mau uso e o risco de acidentes nas passarelas, ciclovias e afins será expressivamente reduzido, tornando esses lugares seguros e adequados a todos.