Título da redação:

A resposta não está nas leis, mas sim na educação

Proposta: O impasse da educação no trânsito no Brasil

Redação enviada em 25/01/2016

Vivemos em uma época onde o fluxo de informações é imenso, tendemos então a sermos mais individualistas, tendo relações mais instáveis com as pessoas. E isso claramente reflete nas mais variadas situações das nossas vidas; inclusive no trânsito. Conforme bem ilustrou Zygmunt Bauman, um dos maiores sociólogos da sociedade contemporânea, essas mudanças no comportamento humano na pós modernidade deve-se a liquidez das relações humanas. Estamos sempre apressados, correndo atrás do tempo. E é nesta correria do dia a dia que ocorre inúmeros acidentes no trânsito. Acidentes que afetam de maneira direta e indireta vários setores públicos, e que desta forma atingem então toda sociedade. Muito se é questionado a respeito do porque da ausência de educação no transito, alguns acham que a melhor saída para a educação no trânsito está no aumento da fiscalização, como intensificação de blitz da lei seca, verificação da CNH (Carteira Nacional de Habilitação), e aumento do número de radares. Entretanto a solução para a problemática da educação no trânsito não está apenas em cumprimento de leis ou regras de circulação, mas sim na educação escolar e familiar. É através dessa educação que seremos capazes de ter cidadãos responsáveis, autônomos e comprometidos com a preservação da vida. Segundo o educador Paulo Freire, “a educação não muda o mundo, a educação muda as pessoas e as pessoas mudam o mundo”. Apenas ela é capaz de modificar a sociedade em que vivemos. Portanto fica claro que aumentar as leis, não irá adiantar muito para diminuir o número de acidentes no trânsito. Mas investir os 2,287 bilhões utilizados para indenizar vítimas de acidentes de trânsito na formação não só de cidadãos conscientes para o trânsito, mas também para vida é uma solução bem mais inteligente. Em virtude dos fatos mencionados podemos concluir que a solução está na educação, para isso é necessário investir em ONG’s que visar à formação de um cidadão mais educado e consciente com o mundo que o cerca. Aos pais cabe a conscientização desde a tenra idade sobre o respeito ao próximo. Já a escola deve auxiliar as crianças sobre as normas de trânsito desde pequenas, para que as mesmas tenham conhecimento de seus direitos e deveres. A mídia deve participar promovendo campanhas de conscientização da população acerca da educação no trânsito. Por fim cabe ao governo investir também em cursos periódicos obrigatórios de reciclagem aos motoristas. Assim então teremos cidadãos educados tanto na educação para vida quanto na educação para o trânsito.