Título da redação:

A contribuição de cada um

Proposta: O impasse da educação no trânsito no Brasil

Redação enviada em 25/01/2016

O trânsito brasileiro encontra-se em estado cada vez mais caótico. Transporte público desorganizado, cada vez mais carros nas estradas entupindo as cidades, leis de trânsito ignoradas e as consequências são encontradas nos altos índices de acidentes rodoviários e insatisfação popular. E a culpa sempre oscila entre recair no governo e nos próprios motoristas e pedestres brasileiros, diversas vezes taxados de mal educados e violentos. Afinal, quem leva a culpa em todo este processo? A insatisfação no trânsito, tem sido grande contribuinte nos índices de violência nesse setor, número que só aumenta a cada ano. A gestão relaxada dos recursos públicos, acarreta a má qualidade de vida, sendo necessário a um cidadão, que trabalha longe da moradia, passar até 4 horas por dia no trânsito, o que corresponde a aproximadamente 25% do tempo em que uma pessoa fica acordada. Entretanto, a má educação no trânsito não deve ser justificada por tais injustiças, pois assim desconta sua insatisfação em quem também se encontra infeliz com a situação. Além disso, sabe-se que a intenção real dos portugueses, ao colonizarem o país, consistia apenas na obtenção de lucro. Lucro este que, ao final, na proclamação de independência, deixou profundas raízes do mau planejamento urbano, que afeta a estrutura das cidades brasileiras, formadas por ruas estreitas que prejudicam o tráfego. Em países como a Holanda, dificilmente são encontrados casos de violência no trânsito. E qual a diferença? O país, além de gerir de maneira correta seus gastos, toma medidas que beneficiem a coletividade, como investir em transportes coletivos de qualidade e bicicletas, que não só contribuem para um tráfego mais livre, como também são mais sustentáveis e baratos para o cidadão. O Brasil, mesmo senso um país em desenvolvimento, tem condições de se espelhar na Holanda. O mau planejamento urbano poderia ser contornado através de uma reforma do transporte público para que este se torne mais atraente à vista dos brasileiros e substitua o transporte individualizado. Esta mudança tornaria menos frequentes as desavenças de trânsito, eliminando a raiz do problema. É claro que sem o auxílio de todos, estas medidas não são possíveis, pois o trânsito é formado tanto por motoristas quanto por pedestres, portanto, uma visão mais igualitária seria o mais importante no processo, ensinando as futuras gerações através do exemplo.