Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O ensino da história e cultura africana no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 19/10/2018

O Brasil é fruto da pluralidade cultural, uma vez que é constituído por povos de diferentes continentes, inclusive o africano. Apesar disso, é perceptível que esse pluralismo não está presente, em demasia, no ambiente escolar, já que as disciplinas, geralmente, são aplicadas no eurocentrismo. Dessa forma, essa falta de inclusão das matrizes africanas pode desencadear entraves, no que diz respeito à construção da identidade sociocultural da população brasileira. Mesmo com a implantação da Lei 10.639, que tornou obrigatório o ensino contextualizado da África, ainda existem muitos desafios, como a falta de representatividade afrodescendente, visto que, de acordo com a casa de cultura Mulher Negra, mais de 50% dos brasileiros são negros. Ademais, sob esse aspecto, o professor em sala de aula se depara com etnias de todos os grupos. Assim, ele precisa deixar de lado o etnocentrismo, a fim de romper a exclusão da história afro-brasileira. Dessa maneira, pode-se perceber que esses fatores podem influenciar no processo construtivo da identificação cultural do aluno. Em outra análise, é importante salientar que, atualmente, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Ciência, Cultura e Educação) conta com um acervo, gratuito e online, sobre a história geral da África, cujo objetivo é promover a inserção social dessa temática nos materiais didáticos, mediada pela referência sociocultural. Depreende-se, portanto, que essa aplicabilidade, nas escolas, colabora com a luta contra o racismo que negligencia a valorização das matrizes afrodescendentes. Destarte, em consonância com o sociólogo Fernando Henrique, associar essas pautas é, acima de tudo, ligar o país com o berço da humanidade. Em suma, é fundamental a expansão do conhecimento da temática afro-brasileira, para que desperte, na sociedade, a valorização dessa identidade sociocultural. Então, o Ministério da Educação, em parceria com as escolas, deve colocar em prática, efetivamente, a Lei 10.639, por meio de excursões aos museus culturais africanos e quilombos, para que o público em questão possa, por intermédio da cultura, ser instigado a se interessar por essas pautas, de forma que utilize essas experiências em sala de aula. Desse modo, espera-se que a sociedade se distancie do preconceito gerado pela falta de representatividade negra e predominância do eurocentrismo.