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Redação sem título.

Tema de redação: O ensino da história e cultura africana no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 12/10/2018

É notório que a educação brasileira está pautada, majoritariamente, na perspectiva eurocêntrica da história do Brasil, e existem, ainda, muitos desafios. Entretanto, é relevante o reconhecimento das conquistas gradativas da inserção de estudos africanos nos materiais didáticos. Dessa forma, é necessário fortalecer a história da população negra do país, de modo que a sociedade utilize artefatos que auxiliem nesse processo educativo, para a reconstrução sociocultural. No ano de 2003, foi vigorada a Lei, número 10.639, que visa a obrigatoriedade da inserção da história da África no contexto didático, como forma de inclusão. Depreende-se, portanto, que é extremamente importante destacar essa temática, dado que mais de 50% dos brasileiros são afrodescendentes, segundo informações da Casa de Cultura Mulher Negra. Nesse sentido, em consonância com o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, associar as matrizes africanas é, sobretudo, relacionar a história das religiões e culturas brasileiras com o berço da humanidade. Ademais, recentemente, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) disponibilizou um acervo, gratuito e completo, de materiais da história geral africana, cujas abordagens são pautadas na inclusão de povos negros e indígenas, na comunidade brasileira, a fim de configurar a exclusão dessa população, no cenário atual. De tal modo, observa-se que instituições, como essa, têm um papel fundamental, no que diz respeito ao objetivo de romper com a parcialidade histórico brasileira. Destarte, assim como o Museu Afro-Brasil, de modo geral, enfatiza, por meio da arte e grandes estudiosos dessa área, estudar a África, é conhecer a trajetória do pilar da humanidade, uma vez que a matriz dessa origem se deu nesse continente. Em suma, é relevante que, para o aprimoramento das conquistas do ensino sociocultural africano, exista um reforço para o reconhecimento dessa importância. Então, urge a necessidade de o Ministério da Educação, junto com o Ministério da Cultura, fomentar, nas escolas, uma discussão acerca do tema em destaque, de maneira que proporcione filmes, documentários e saídas aos museus afro culturais, que visem orientar, o público em questão, sobre a valorização fundamental dos processos e materiais didáticos, que envolvam a história das matrizes afrodescendentes. Desse modo, espera-se que todos possam conquistar a identificação étnica e menos eurocêntrica dos estudos, assim como proporciona o acervo da UNESCO.