Devido à recente alta taxa de imigração de africanos no Brasil, torna-se presente a necessidade de haver uma maior familiaridade com esta cultura, por meio do estudo da história da mesma, para que se possa ter uma maior relação de respeito e convívio pacífico com os estrangeiros. Infelizmente, porém, o Brasil enfrenta certos obstáculos no que diz respeito à aceitação plena dessa cultura. Apesar de ter se passado quase um século e meio desde a proclamação da lei áurea, que tornava o negro um homem livre e, supostamente, um cidadão com os mesmos direitos que qualquer outro, os traços de uma segregação racial e ideologia de superioridade, características da época da colônia, ainda fazem-se presentes no Brasil atual. Segundo uma pesquisa do IPEA, por exemplo, o percentual de negros assassinados é 132% maior do que o de brancos. Este ponto de vista negativo sobre o negro acaba tendo várias graves consequências, nos mais diversos meios sociais. Nas escolas, o ensino da história africana esteve, por anos, ausentada, até que foi implementada em 2003 uma lei que a tornou presente nas instituições escolares brasileiras; porém, certas dificuldades como falta de materiais didáticos e profissionais mais qualificados diminuem a extensão desse feito. Diante disso, fica evidente a necessidade de uma conscientização na população brasileira, para que haja uma maior aceitação da cultura africana. Tal realização pode ser feita com a participação do governo na criação de propagandas e eventos públicos, para fins de desenvolver o senso analítico da população. Além disso, o Ministério da Educação deve tornar mais rigoroso o ensino da história africana em instituições escolares de nível superior, para se assegurar que os profissionais estejam preparados.