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Redação sem título.

Proposta: O ensino da história e cultura africana no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 04/07/2016

No Romantismo do século XIX, o poeta Castro Alves ascendeu-se como defensor dos escravos. Em seguida, no ano 1888, promulgou-se a Lei Áurea libertando-os. No entanto, embora tais atos visassem a inserção social, o legado deturpou-se: o fato da abstenção no ensino da história e cultura africana no Brasil instigada pelo racismo. Com isso, surge a problemática atual e ponderar os triunfos e impasses é o primeiro passo para que sejam, definitivamente, livres. A princípio, convém apontar a coercitividade da sociedade afirmada por Émile Durkhein. Desde 1500 os europeus ancoraram o etnocentrismo na Terra das Palmeiras induzindo, assim, a obtenção da visão eurocêntrica nos indivíduos e respectivas gerações. Dessa maneira, há o desconhecimento da origem de heranças dos costumes brasileiros, conduzidas pelos Navios Negreiros como, por exemplo, a comida acarajé, samba e a religião candomblé. Ademais, a censura de praticá-las explicitou-se pelas punições físicas advindo dos Senhores de Engenho e a proibição constitucional da copeira após a abolição. É notório, portanto, o hibridismo Afro-brasileiro e a ausência escolar de conhecê-los profundamente fomenta a repugnância social. É indubitável que, contrariamente à aversão cultural, a questão progressista nas ideologias históricas contribua para reverter o quadro, O Realismo, em 1881, enfatizou a figura negra com características ausentas da submissão. Análogo a essa Escola Literária, criou-se personagens heroicos negros conhecidos como Tempestade, Super Choque e Lanterna Verde. Logo, através do mundo do entretenimento é ensinado a respeito das histórias africanas para os públicos infantil, jovem e adulto. Contudo, a temática requer avanços no panorama educacional, ratificada pelo caso da omissão em livros didáticos e propaganda da identidade mulata do grande escritor brasileiro Machado de Assis. Desse modo, percebe-se o paradoxo entre o êxito e regresso. Fica claro, então, que medidas são necessárias para exceder os obstáculos discriminantes dos cinco séculos. Cabe ao Ministério da Educação atuar no ambiente estudantil criando uma disciplina específica no currículo escolar sobre o assunto em escolas de ensino básico e em cursos de Ciências Humanas nas universidades. Além disso, é pertinente o auxílio de canais de televisão aberto para aplicar em suas programações temas como preconceito e a própria história até a vinda ao país, que colaborem para a quebra do paradigma. Por fim, ONG's podem promover debates nos locais de espaços públicos em prol de maximizar os conhecimentos abrangendo os costumes herdados. Somente assim o país terá na realidade contemporânea inúmeras pessoas conhecidas, também, como "Poeta dos Escravos".