O desdém para com a cultura africana não é um problema atual. Desde o final no século XIX, com o imperialismo na África, a história do povo africano fora ignorada. Já no Brasil atual, a falta de abordagem sobre esse assunto nas escolas é inaceitável, visto que o país tem mais da metade da população composta por negros e pardos. Levando em consideração a história de formação do povo brasileiro, desprezar a cultura africana é desconsiderar grande parte do processo de construção de identidade do país. Ademais, a falta de conhecimento tende a gerar cada vez mais casos de racismo por moldar pré-conceitos errôneos sobre esse assunto. Contudo, mesmo que em 2003, o artigo 26-A da lei 9.394 tenha tornado o ensino da História e Cultura Africana obrigatório em todo o Brasil, o problema ainda não foi solucionado. A priorização de outros conteúdos considerados, por alguns, mais importantes para o currículo escolar, deixa o ensino sobre o contexto africano em segundo plano. Isso posto, seguindo a ideia do filósofo Immanuel Kant de que o homem é aquilo que a educação faz dele, o MEC deve instituir nas escolas palestras extraclasse a respeito desse assunto, ministradas por professores e historiadores para os alunos. Além disso, o Governo pode conceder subsídios para artistas promoverem mais obras que transmitam a história africana no Brasil.