Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: O ensino da história e cultura africana no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 28/06/2016

Na primeira metade do século XX, Gilberto Freyre lançou seu livro intitulado Casa Grande e Senzala dando novo significado à miscigenação brasileira, a qual até o momento era enxergada de forma negativa. Neste trabalho, o sociólogo convencionou que o encontro entre indígenas, portugueses e africanos teria concebido uma sociedade única e de convívio harmônico criando o mito da democracia racial, o qual influenciou por um longo período o currículo educacional nacional conferindo papel secundário ao negro. Contudo. A ascensão da discussão dessa problemática fez com que nos últimos anos a questão africana ganhasse maior espaço nas escolas, entretanto ainda existem desafios a serem vencidos. O racismo se tornou intolerável na sociedade moderna e com isso o movimento negro ganhou projeção nacional. Neste contexto, a ampliação do debate social fez com que o ensino da história africana ocupasse maior esfera nas salas de aula devido à tomada de consciência sobre a importância desse grupo na formação cultural brasileira. Desta forma, os escravos, que até então eram vistos como sujeitos passivos, tornam-se parte integrante e relevante do processo histórico, uma vez que esses, por quatro séculos, foram as mãos e os pés que sustentavam a economia do país. No entanto, essa nova concepção sobre o ensino de história negra ainda é restrita a poucos locais, devido, em maior parte, à desatualização dos professores da rede pública. Como consequência da desvalorização econômica do papel do educador, este grupo muitas vezes não vê incentivos à sua atualização, o que dificulta a expansão de novas ideias. Em adição a isso, nota-se o envelhecimento da classe docente gerado pelo desprestígio social, o que faz com que não ocorra a opção de jovens por essa profissão e, por conseguinte, haja preservação de pensamentos conservadores. Portanto, tendo em vista a importância do negro na formação cultural brasileira, faz-se necessária que seja plenamente ofertado em todo território um ensino de história que privilegie sua real contribuição à sociedade. O Governo, por meio de ação do Ministério da Educação, deve distribuir cartilhas e oferecer cursos a professores da rede pública, de forma que torne uniforme a concepção sobre esse grupo pela classe docente. Ademais, prefeituras devem realizar eventos culturais na semana de consciência negra, abrindo a escola a toda comunidade e ampliando essa discussão a sociedade em geral. Pois, somente quando o negro ocupar um lugar que é seu por direito, haverá a plena democratização do ensino nacional.