A cultura africana e toda sua parcela histórica no Brasil foi apagada da educação brasileira durante muito tempo, que lutou para permanecer branco, elitizada e com raízes europeias. No entanto, o governo presidido por Lula obrigou por meio de leis o estudo sobre a África. A herança africana no Brasil é ampla, da genética a religião se vê a África no Brasil, e assim como a herança indígena, ela foi negligenciada, criminalizada e carregada de preconceitos. A intolerância religiosa ou racismo religioso, termo usado no caso de religião de matriz africana, é exemplo disso. O ensino brasileiro, em todas as áreas, é sucateado, tanto o público quanto o privado, por isso que quase 13 anos após a alteração da lei que provocou a inclusão da temática “História e cultura afro-brasileira”, não se encontrou um fruto consistente, por exemplo a diminuição do racismo, pela falta da aplicação efetiva da lei. O povo brasileiro não entende que tem sangue negro e restringe seu prejulgamento a cor e a situação econômica dos negros no Brasil, e isso é analisado como consequência da baixa qualidade da educação. Isso se reflete na postura da população sobre os imigrantes africanos em comparação com a imigração europeia, que apesar de pequena, é aplaudida sem divergências. A população não conseguiu internalizar quem o explorou e quem foi explorado, portanto não enxergam sozinhos os erros que cometem. A real aplicação dessa lei é capaz de mudar essa visão, assim como uma explicação sobre o dia da consciência negra e propostas que tragam o contraditório, o outro lado da moeda, que, por exemplo, traga a luta pela libertação e não o escravo sendo torturado.