A vinda do africano para o Brasil foi marcada pelo sofrimento, moléstia e luta. O pesadelo iniciado em seu continente de origem, onde africanos vencedores de guerras faziam escambo com portugueses e a mercadoria de troca eram próprios africanos, os vencidos na guerra, estava só começando ao chegar no Brasil e, para muitos descendentes deles, não terminou até hoje. Por isso, é importante que história e cultura africana seja abordada durante o ensino no país. Uma das primeiras populações à habitar no Brasil após seu descobrimento foi o negro africano, doando sua força com o papel de escravo. Desde o início eles sofreram com a exclusão social e racial, situação presente também atualmente. Essa é uma das causas de sua história, apesar de muito importante, passar por despercebida na educação brasileira. Como consequência, manteve-se o racismo e a distância entre populações, definida pela cor da pele. Assim, observa-se também a população carcerária predominantemente negra, visto que, como diz o trecho da músico do Rappa, "todo camburão tem um pouco de navio negreiro". Além disso, boa parte dos negros tiveram e ainda tem dificuldades de conquistar seu espaço na escola e mercado de trabalho, situação que só será mudada se a cultura do racismo e preconceito for abolida do Brasil, começando pelo ensino nas escolas públicas e privadas. Vê-se, portanto, que apesar de algumas conquistas, como as cotas raciais, há muito o que conquistar para acabar com a educação de superioridade de raças entre brancos e negros no Brasil. Para isso, é importante que os professores não omitam a disciplina de abordar a cultura africana em suas aulas. Também é necessário que o Ministério da Educação publique cartilhas e promova propagandas na rede de televisão que tratem do sofrimento africano no Brasil, mas que enfatize a importância de sua presença no país e mostre tudo o que sua cultura adicionou ao povo brasileiro.