Em 2014, a roda de capoeira foi reconhecida pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Outro passo dado com o fito da valorização da afro-brasileira, é o ensino da história e cultura africana nas escolas. O projeto representa um grande avanço para a educação, no entanto, ainda apresenta desafios a serem superados, principalmente culturais. Há no Brasil, por parte dos grupos dominantes, certa rejeição à diversidade cultural. A roda de capoeira, por exemplo, foi marginalizada por um logo período mesmo após a abolição da escravatura. Nas escolas, a cultura africana também permaneceu às margens, se restringindo ao processo de escravidão. A visão etnocentrista do processo de colonização no Brasil, exclui o negro como agente fundamental na construção da cultura nacional, e exclui também a formação de seu povo na África. Assim, o ensino da cultura africana nas escolas, busca iluminar a origem do povo africano, que por séculos permaneceu esmaecido pelos ideais da superioridade branca. Muitos defendem que no Brasil não há superioridade racial. No entanto, o mito da democracia racial, apontado por Sérgio Buarque de Holanda, busca mascarar o preconceito racial e a intolerância à símbolos da cultura africana. Essa resistência é um fantasma da escravidão que ainda ronda a nação, e é também um desafio para o ensino da história africana nas escolas. Portanto, para impedir a continuidade dessa situação, é imprescindível a intervenção do Ministério da Educação junto ao governo, por meio de cartilhas que valorizem a cultura africana. Ademais é necessário fomentar o respeito à diversidade cultural, e o fim da intolerância à cultura afro-brasileira, ideais que devem ser divulgados por campanhas e propagandas do governo.