Os ensinos públicos e privados brasileiros sobre história em geral da pátria têm embasamento, em maior parte, das culturas provenientes de países especificamente europeus (ou contemporaneamente desenvolvidos) e a dada influência em território nacional. Em contrapartida, a inclusão das demais influências sócio-culturais na educação, em especial aos costumes e contribuições africanas, apesar de obrigatória, são deveras vezes postas em "segundo plano" de tal modo a enfrentar entraves como preconceito e ignorância. Os resquícios da escravatura ainda presentes no cotidiano contribuem para o impedimento da propagação acerca dos hábitos afrodescendentes. A perpetuação de ideologias como o racismo e o eurocentrismo que são de forte atuação no contexto brasileiro tornam-se elementos indiferentes ao estudo cultural de etnias que não pertencem às práticas caucasianas. Intolerantemente motivados por tais fatores, alguns pais e responsáveis ao não desejar o aprendizado dos filhos acerca do assunto, optam em retirá-los do ambiente estudantil em questão e até entrar em conflito com as escolas. Este fato é de caráter problemático pois são poucos os educadores devidamente preparados para dissertar sobre o assunto competentemente dentro do âmbito escolar. Em virtude da não educação devida relativa à cultura africana, torna-se presente a total ignorância a respeito do passado e do atual contexto africano. A prévia associação do brasileiro quanto a negritude à escravidão é um exemplo do adversativo quadro nacional sobre o qual grande parte da população se encontra. A coexistência da incompreensão e do semi-analfabestimo induzem ao equívoco dos indivíduos de tal modo a desprezar a variedade linguística, étnica e religiosa de todo o continente africano. Tais acontecimentos contribuem em conjunto para a xenofobia e o racismo, além de corroborar com a ideia de que esse continente apresenta unicamente situações de mazelas socias. Em detrimento dos fatos apresentados, é imprescindível a ampliação e o devido ensino a respeito das matrizes africanas em todos os institutos educacionais brasileiros. Isso pode ser feito por meio do aumento da rigorosidade do cumprimento da lei nacional que exige a aplicação da temática, em conjunto a melhor preparação de professores das áreas públicas e privadas. Tais ações podem ser providenciadas pelo Governo Federal, na aplicação de multas aos ensinos opositores e que não cumprirem a determinação. Ademais, cabe aos colégios de todo território da pátria promover palestras para pais e filhos para a discussão da importância afrodescendente e adequadas características. Iniciativas como essas poderão contribuir para a gradativa redução de intolerâncias, propiciando melhor convívio em civilizações.