Humilhação. Condições subumanas. Fome. Sede. Doenças. Racismo. Xenofobia. Esses foram os tratamentos que os negros recebiam da sua captura até o aporto dos navios negreiros nas costas brasileiras. Porém, ainda hoje encontramos resquícios do racismo no Brasil devido a dificuldade do brasileiro de aceitar sua origem africana. Em 2014, finalmente a Roda de Capoeira foi reconhecida como patrimônio cultural imaterial da humanidade pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o que antes, na Era Vargas, a prática de capoeira era vista como criminalidade e levava a prisão e deportação do capoeirista. Segundo o Censo 2012, cerca de 50,7% dos brasileiros são negros e pardos. Mesmo assim, continuasse a saber mais da história dos europeus e de sua chegada, do que dos negros africanos migrados a força. Infelizmente o brasileiro insiste em não reconhecer suas origens por puro preconceito em aceitar vir de um escravo, mesmo que esses tenha sido parte crucial da história do país. A inserção do conhecimento sobre a história e cultura africana para o brasileiro, permite entender de onde aspectos cotidianos vieram como por exemplo: o café, etimologias, samba, pamonha, acarajé, máscaras, tambores, berimbau e o mais bonito de todos: o DNA. Portanto, fazendo se necessária a inserção prática de conhecimento para com a população, principalmente com o objetivo de quebrar com um preconceito mal fundado. O Ministério da Educação e Cultura pode oferecer "workshops", palestras e simpósios de demonstrações culturais africanas frisando a importância dessa riqueza cultural que permanece no cotidiano. O Ministério das Comunicações também pode lançar campanhas midiáticas visando a conscientização da população para com suas riquezas culturais e biológicas. São pequenas mudanças, mas são as primeiras os mais importantes para a evolução de um homem ou uma nação, como já dizia Oscar Wilde.