No século XVI, a diáspora negra trouxe uma quantidade absurda de negros africanos ao Brasil, sendo o maior deslocamento de uma raça da história. Hoje, mais de 50% da população brasileira são negros que nada sabem sobre sua descendência. Atualmente, a Europa ocupa a maior parte do conteúdo histórico ensinado aos estudantes brasileiros. O que, juntamente com a ausência da história africana, evidencia uma inferiorização do negro, tirando sua importância pra história do Brasil. Por sua vez, isso induz ao sentimento de não-pertencimento e prejudica o "orgulho negro" que os movimentos sociais tentam contemplar. Porém, o Brasil deu um grande passo para a resolução desse problema quando, em 2003, o então presidente Lula tornou obrigatório o ensino da Cultura e História Afrobrasileira. Que no entanto, enfrenta gravas obstáculos para seu exercício, como a lacuna na formação dos professores, o pouco material de estudo sobre o assunto e a intolerância religiosa. Assim, fica clara a necessidade da criação de programas voltados para ações de reconhecimento e valorização da diversidade sociocultural, bem como a adaptação dos materiais didáticos a nova lei. Além disso, amplicar o ensinamento da História e Cultura Africana a licenciatura de História, pois nem toda faculdade conta com essa disciplina. E por fim, fiscalizar e exigir o cumprimento das medidas tomadas.