A influência da cultura negra e africana na América Latina é significativa, principalmente no Brasil, onde cerca de 50% da população é composta por negros e pardos, segundo censo 2010. No entanto, o preconceito contra as tradições e costumes africanos ainda são presentes no país, marginalizando indivíduos à manifestações religiosas de origens afro-brasileiras. A causa principal que explica a marginalização da cultura africana no Brasil está no desconhecimento em relação à vasta cultura negra , sendo isto consequência das instituições de ensino que falham em inserir o contexto sociocultural africano em seus componentes curriculares obrigatórios. Enquanto grande parte da população conhece o básico dos acontecimentos humanos da história europeia, o mesmo não acontece com a africana, a qual é rica e diversificada culturalmente tanto quanto a outra. De outro lado positivo, conquistas foram realizadas. O sancionamento da lei que impõe o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas de todo o Brasil é um passo inicial na eliminação dos preconceitos raciais e culturais, pois insere a realidade africana dentro da formação da identidade brasileira miscigenada entre branco europeus, negros de origem africana e ameríndios. Portanto, para que se entenda o contexto brasileiro diversificado deve-se reconhecer sua formação étnica e cultural de origem africana, porém, há mais ações além da legislação. É preciso que movimentos sociais penetrem nas redes de ensino para que demonstrem a cultura africana aos jovens de forma didática e, por sua vez, as grandes mídias devem inserir atores negros em suas telenovelas que abordem a história de civilizações africanas, mostrando que a escravidão negra não é o único "lado".