Em 2003, foi criada uma lei que não só tornou obrigatória a presença do ensino da cultura africana em todas as instituições de ensino, como fixou a permanência da comemoração do Dia Nacional da Consciência Negra no calendário escolar. Entretanto, após treze anos, a disseminação da cultura afro ainda encontra resistência de pais, professores e até alunos. É importante destacar a falta de conhecimento da população brasileira sobre esse assunto, incluindo professores, refletindo esse repertório vazio em sala de aula. Em cursos de graduação na área educacional, essa temática não é devidamente implementada, sendo vista de maneira fraca e superficial. Dessa forma, não sendo apropriadamente entendida e aceita pelos alunos posteriormente. É fundamental destacar, ainda, o preconceito religioso sobre as culturas populares ligadas à tradição negra. Em um colégio no Rio de Janeiro, cartazes com desenhos de divindades da mitologia africana, produzidos por estudantes de história, foram impedidos de serem expostos com justificativa de não agradar pais evangélicos.Com isso, irradiando a cultura de satanização dos povos africanos e afro-brasileiros. Fica evidente, portanto, a importância do governo e as escolas em reverter esse quadro. Cabe ao estado promover uma lei que torne obrigatório a presença do ensino cultural afro nas licenciaturas dos historiadores brasileiros, de modo que já cheguem em sala de aula com vasto conhecimento sobre o assunto, capacitados a ensinar aos alunos. Por fim, as escolas devem usar livros didáticos de qualidade, que demostrem que a mistura do povo brasileiro foi feita por vários povos através dos tempos, valorizando todos de forma igual, promovendo o respeito e derrubando preconceitos.