Título da redação:

O pretérito atual

Tema de redação: O ensino da história e cultura africana no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 08/10/2016

A falta de incentivo ao estudo da cultura e história do afrodescendente no Brasil é um problema para formação de cidadãos sem preconceitos, o que proporciona a permaneça do preconceito. Isso se deve a associação da etnia negra ao período colonial mercantilista do período 1500 a 1815, marcado pelo ato desumano do escravismo. A formação da história brasileira foi dotada de lutas, massacres e principalmente ações vis perante os negros africanos. Isso gerou consequências que ainda faz parte das gerações atuais, por exemplo, o número de afrodescendentes que concluem o ensino superior é abaixo dos brancos, os altos cargos de empregos, são ocupados por maioria brancos. No entanto, a população brasileira segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é composta por maior percentagem de pardos e negros, uma irregular distribuição social e econômica. A ideologia do eurocentrismo ainda propaga na atualidade, como citado, existem poucos afrodescendentes médicos, advogados, engenheiros, ministros, entre outros no Brasil, por isso, o governo adotou a lei de cotas em Universidades e empresas públicas a fim de amenizar essa ideologia. Porém, o país tem muito o que evoluir, pois além dos preconceitos que a etnia negra sofre, os brasileiros continuam com um atraso político, social e econômico comparado aos de primeiro mundo, que a maioria dos seus cidadãos tem condições de vida satisfatória. Além disso, a cultura e religião brasileira foi formada pelo sincretismo cultural e religioso, cada região tem sua formação influenciada pelos africanos. Na Bahia, através da união do candomblé, orixá, umbanda com o catolicismo, bem como a sua culinária rica em tradições, costumes e danças típicas incorporadas aos dos brasileiros. Fica evidente, portanto, que o brasileiro necessita extinguir seu preconceito enraizado desde o contexto histórico, para isso faz necessário em curto prazo mais incentivo pelo Ministério da educação a introdução do ensino mais detalhado da história africana nas escolas e universidades. Além disso, a capacitação dos docentes para esse fim e a ampliação desse ensino para as comunidades pelo poder municipal e estadual de cada cidade, amenizando as disparidades entre negros e brancos.