A cultura africana está presente em vários aspectos da sociedade brasileira, como em religiões, comidas, lutas, línguas e outros exemplos. Paralelamente a este fato, os negros e pardos representam mais de 50% da população brasileira. Entretanto, curiosamente, é inegável que pouco se estuda sobre a história da África nas escolas no Brasil, circunstância que no futuro pode acarretar no esquecimento das matrizes africanas que circundam os brasileiros. No início do século XXI, o então presidente da República, Lula, sancionou a Lei nº 9.394, que acarretara na obrigatoriedade do ensino sobre História e Cultura Afro-brasileira, incluindo a luta dos negros e sua contribuição para a formação socioeconômica do Brasil. Portanto, uma lei de importante relevância para o combate ao racismo, além de impulsionar o conhecimento sobre os negros nas bases da sociedade e da política brasileira. Todavia, a lei poderia ser ainda mais consistente caso também inserisse o ensino sobre as gloriosas lutas de independência no século XX de diversos países africanos, tais como África do Sul, Argélia, Angola e outros países. Recentemente, um dos vestibulares mais concorridos do país, a FUVEST, adicionou um livro africano na lista de leitura obrigatória: Mayombe. Trata-se da vida de guerrilheiros que lutaram na descolonização de Angola sobre Portugal. Não obstante seja outra significativa conquista, não supre as necessidades para que a população adquira conhecimentos suficientes, afim de que a história dos negros seja lembrada com eficiência. O Estado precisa comprometer-se com maior ímpeto no ensino da história e cultura africana. Em vista disso, o Ministério da Educação (MEC) deve acentuar o número de questões sobre este assunto no ENEM, com o objetivo de que os estudantes passem a aprofundar-se mais no tema e os professores a aplicar mais o conteúdo nas aulas. Simultaneamente, o MEC deve buscar a inserção da história dos países africanos na grade do Ensino Médio, buscando não somente a cultura afro-brasileira.