Título da redação:

Generalização africana; um fruto da visão eurocêntrica.

Proposta: O ensino da história e cultura africana no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 26/06/2016

No Brasil, a grade curricular da disciplina de história trata sobre diversos assuntos, como a cultura europeia, americana e brasileira. Contudo, o ensino acerca da África e suas etnias é muito pouco explorado, ou até mesmo inexistente. Tal fato reforça a tese de que no Brasil vigora uma visão eurocêntrica da história, tornando-a parcial e distorcida, negligenciando as contribuições africanas na construção da cultura brasileira. Há uma generalização da cultura africana na história em que os professores lecionam para seus alunos nas salas de aula, onde tratam as etnias e países diferentes como sendo um só, excluindo suas singularidades na construção da identidade nacional brasileira. Com os navios negreiros, vieram diversos povos africanos com culturas e idiomas próprios, e mesmo assim, toda essa riqueza histórica é tratada de forma simplista, onde as informações acerca dos africanos é de que vieram compor a mão-de-obra escrava e pronto, nada mais é discutido. Em 2003 foi dado um importante passo para desconstruir a visão eurocêntrica da história no Brasil, pois foi sancionada a lei que obriga o ensino da cultura africana nas escolas, demonstrando uma preocupação da sociedade em resgatar os valores que foram tratados de forma reducionista na construção histórica, e consequentemente dar o devido valor aos povos afrodescendentes na construção histórico-cultural do Brasil. Para acabar de vez com a visão eurocêntrica que persiste na sociedade brasileira, é de suma importância uma preparação adequada dos professores para que estes possam lecionar sobre os valores herdados dos povos negros, das mais diversas etnias e costumes, estimulando o senso crítico dos jovens, para que estes percebam a importância da África na construção da identidade nacional brasileira.