Título da redação:

Em resgate da raiz identitária brasileira

Proposta: O ensino da história e cultura africana no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 01/07/2016

A população brasileira é, majoritariamente, fruto de uma miscigenação entre indígenas, europeus e africanos. Nesse contexto, conhecer a história e origem de cada povo significa compreender a própria cultura brasileira. Contudo, percebe-se um descaso perante as culturas africanas e isso ocorre a partir do racismo, o que torna necessário medidas que resolvam, definitivamente, a questão. Apesar da escravidão ter terminado com a Lei Áurea, outorgada em 1888, o preconceito ainda permanece forte. Um exemplo disso é o pouco espaço conferido à população negra em papéis relevantes em novelas ou em altos cargos políticos. Durante toda a história, houve apenas um presidente negro no Brasil, Nilo Procópio Peçanha, assim como Joaquim Barbosa, outrora presidente do Supremo Tribunal Federal. Além disso, um dos maiores desafios para o ensino da história e cultura africana no Brasil é o descaso e desvalorização de suas religiões. O candomblé e a umbanda, por exemplo, são fortemente condenadas por algumas vertentes religiosas. Dados compilados pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro (CCIR) mostram que mais de 70% dos 1024 casos de ofensas, abusos e atos violentos registrados entre 2012 e 2015 são contra praticantes de religiões de matrizes africanas. A partir do que foi apresentado, é possível observar que algumas medidas precisam ser tomadas para resolver a questão. Ao MEC cabe inserir matérias sobre a cultura e história africana na proposta pedagógica escolar e certificar que sejam ministradas por profissionais qualificados. Ao Ministério do Esporte, incentivar esportes como a capoeira e inseri-los na sociedade através de campeonatos e festivais, com o objetivo de resgatar a cultura africana e, assim, compreender melhor a própria identidade brasileira.