Como disse Olavo Bilac: “o Brasil é a mistura de três raças tristes”. Contudo, na realidade, os brasileiros só se veem como duas: indígena e europeu. A negação da origem africana se dá pelo o não estudo dela nas instituições educacionais que acaba acarretando a intolerância na sociedade e a formação de magistrados despreparados nesse assunto. Antes de mais nada, o não estudo da cultura africana facilita a intolerância na sociedade. Quando chega numa sala de aula, o aluno somente aprende com a visão de mundo eurocêntrica, pois os brasileiros insistem em reprimir seu lado africano por causa do preconceito. Até mesmo quando estuda o Egito, que é visto como um hiato no mapa, não se procura saber sobre seu continente. Isso ocasionará o preconceito da população ao verem africanos e seus descendentes praticando rituais religiosos e culturais. Dessa forma aumentando a intolerância tanto religiosa quanto cultural. Além disso, uma lei não será eficiente quando os professores não sabem ensinar sobre a cultura africana. A lei 10639/03, que torna obrigatório o estudo da cultura africana,entrou e vigor em 2003, entretanto, ainda não é exercida. O Motivo disso é que professores, como seus alunos, não aprenderam sobre a África, além de que os negros - que foram escravizados - vieram de lá e isso torna difícil o ensinamento, pois não há como ensinar o que não se sabe. É necessário, portanto, uma maior especialização educacional. O Mec - Ministério da Educação - deverá adicionar ao currículo educacional de cursos de licenciatura, tais como história, sociologia, pedagogia, o estudo da cultura africana. Ademais, ele deverá proporcionar cursos de história africana para alunos de todo o território brasileiro. Tomando essas medidas, o Brasil irá não só afirmar como também viver uma sociedade multicultural e racial.