O Brasil é um dos países mais miscigenados do mundo. 50,7% de sua população são negros e pardos, ou seja, mais da metade dos brasileiros. Em vista disso, as escolas brasileiras deveriam ter um bom ensino sobre a história africana, mas, mesmo com a lei de 2003 que obriga todas as escolas sejam elas públicas ou privadas a implementarem o estudo da cultura africana em sua grade curricular, isso muitas vezes não acontece. Essa inadequação à lei se deve basicamente à despreparação e desconhecimento por parte dos professores, muitos desconhecem o tema porque também não foram ensinados sobre a cultura africana o que acaba por gerar um ciclo. Deve-se também à falta de material, o sistema de ensino brasileiro fornece material escasso e superficial sobre a cultura africana, faltam conteúdos aprofundados para que essa cultura seja devidamente ensinada aos alunos. Em decorrência desse desprezo pela cultura africana e dessa visão eurocêntrica de mundo em que somente europeus são valorizados, não são formados cidadãos com consciência multiétnica e o reconhecimento de que o Brasil foi construído pelas mãos de africanos escravizados é inexistente. Esse ensino poderia contribuir para a promoção do respeito e valorização da cultura e assim derrubar preconceitos. Portanto, haja vista que a responsabilidade do cumprimento da lei seja do Conselho de Educação cabe a ele fazer o controle das unidades de ensino, mas a representação dos pais é fundamental para que exijam e elaborem junto aos professores a inserção da cultura africana no projeto pedagógico da escola. Além de que professores busquem preparação nos cursos já ofertados pelo MEC, para isso, campanhas, seja na televisão, rádio ou redes sociais, são necessárias para que os professores se informem e se conscientizem na busca pelo conhecimento da história africana.