A banalização da escravidão é desmascaradamente imposta por muitos livros de história da atualidade. O sofrimento de gerações de negros é colocado em forma de números e estimativas no ensino, o que traz por consequência um problema arcaico e, muitas vezes, irreversível. Os negros vêm buscando espaço em empresas, universidades e na cultura desde a abolição da escravatura em 1888, quando, após quatro séculos de sofrimento, finalmente obtiveram o oficial direito para tal. Desde então, diversas dificuldades foram estreitando este caminho, como a diminuição da importância da cultura africana na história brasileira. Nesse sentido, o sofrimento e a violência para com a etnia negra da colonização ao fim do império são mascarados por muitos historiadores conservadores até hoje, cujas obras literárias amenizam o real tamanho das injustiças e da desvalorização moral sofrida por tal povo. Com isso, o ensino nas escolas brasileiras torna-se obsoleto e hipócrita, levando em conta que o mesmo utiliza-se de cotas raciais para incluir negros e pardos ao mesmo tempo que esconde a real importância da cultura dos afrodescendentes – que são majoritariamente responsáveis por parte das tradições do país -, aumentando o racismo. Diante de tais fatos, é preciso remodelar e implantar alguns conteúdos sobre a cultura africana nos materiais didáticos dos ensinos fundamental e médio brasileiros, de forma obrigatória, por meio de um órgão de fiscalização. Ademais, é importante que as instituições de ensino promovam a atualização de seus profissionais, principalmente nas matérias de ciências humanas e linguagens. Por fim, é de extrema necessidade a inserção positiva da história e da cultura dos afrodescendentes na sociedade para que a segregação racial seja abolida de vez do país da diversidade.