O deferimento de pedidos de refúgio por parte de cidadãos que vivem em estado de tensão em suas nações de origem aumentou exponencialmente no Brasil nos últimos meses. Porém, será que o asilo concedido pelo governo federal brasileiro é o suficiente para que haja uma verdadeira redefinição no padrão de vida desses refugiados? O drama de milhares de pessoas que sofrem com a violação de seus direitos humanos e com a perseguição política e religiosa em seus países de origem se tornaram questões de grande envolvimento político e econômico para as nações em que os refugiados procuram abrigo. Segundo dados do ACNUR, o Brasil é líder em acolhimento a imigrantes sírios na América Latina, porém, uma vez que mal administrada, a presença desses grupos se torna desvantajosa para a população local. Todavia, é importante destacar que o Brasil mantém suas fronteiras abertas para a entrada de refugiados, e que de acordo com o secretário geral da ONU, os imigrantes que chegam aqui têm direito de solicitar refúgio e se documentar para recomeçar a vida no país, diferente da Europa, que vive uma crescente crise imigratória e fechamento de fronteiras para refugiados. Porém, mesmo que exista a aceitação dos grandes órgãos políticos, a competitividade gerada no mercado de trabalho, entre a população brasileira e os imigrantes, e o preconceito referente a cor, nacionalidade ou envolvimento dos países que vieram em conflitos armados, se tornam empecilhos para a completa imersão e adaptação desses refugiados na sociedade brasileira. De acordo com o que foi apresentado, é preciso que o Governo Federal insista em melhorias trabalhistas, de saúde e moradia, como construir complexos residenciais perto de grandes fábricas que necessitam de mão de obra, para realocar e providenciar melhores condições de vida para esses refugiados. Ademais, a mídia televisiva e as ONGs nacionais devem ajudar, com campanhas e trabalhos voluntários, a diminuir a xenofobia no país e amenizar o sofrimento dessa população estrangeira.