Na cerimônia de abertura dos jogos olímpicos realizados na cidade do Rio de Janeiro em 2016, os atletas desfilavam com as bandeiras de suas nações. Porém, dentre tantas equipes, uma delas não representava um país, mas sim, um povo que já soma mais de 65 milhões de pessoas atualmente, os refugiados. Todas essas pessoas em busca de um novo lar geram fluxos migratórios em diversas direções, em uma dessas se encontra o Brasil. Porém, o aumento significativo no número de refugiados acolhidos pelo país, causa aversão em uma minoria, que se defende por detrás da impunidade. Em 2015, entraram cerca de 120 mil refugiados no Brasil, número muito maior se comparado com anos anteriores. Atualmente, com a crise socioeconômica venezuelana, os pedidos de refúgio cresceram de forma exponencial nos países sul-americanos. Tendo em vista a alta demanda nos pedidos de refúgio, uma lei foi sancionada pelo Governo Federal brasileiro em maio de 2017, que defende os direitos básicos dos refugiados, tais como acesso a saúde, educação e mercado de trabalho. Por conseguinte, em resposta à aprovação da lei, um pequeno grupo declaradamente de extrema-direita realizou uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, com o intuito de barrar a entrada de imigrantes no país. Segundo o presidente da Associação Juízes Para a Democracia, as declarações podem ser consideradas criminosas por propagar a intolerância e realizar discursos de ódio. No entanto, nenhum dos envolvidos na manifestação chegou a ser preso ou conduzido. Explicitando dessa forma, a impunidade brasileira para esse tipo de crime. Tendo em vista os problemas apresentados, faz-se necessário a instauração de medidas governamentais. A elaboração de um projeto de lei por parte dos deputados objetivando enrijecer as penas para crimes de ódio como o racismo ou a xenofobia diminuiriam a incidência desses delitos e a impunidade que os cerca. Em consonância, a elaboração e veiculação de propagandas educativas nas redes televisivas, através de parcerias públicas privadas entre o Governo Federal e as emissoras, visando conscientizar a população, possibilitando assim, um convívio saudável entre os brasileiros e os imigrantes.